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terça-feira, 26 de outubro de 2010

É linda a visão aqui do meu terraço...

Pruquê


Pompilho Diniz

Pruquê tu chora, pruquê?
Pruquê teu peito saluça
e o coração se adibruça
nos abismo do sofrê?
Tu pode me arrespondê?
Pruque tua arma suzinha
pelas estrada caminha
sem aligria mais tê?

Pruque teus óio num vê
e o coração não escuita
no sacrificio da luita
este cunvite a vivê?
Eu te prugunto, pruquê?
pruquê teus pé já sangrando
cuntinua caminhando
pela estrada do sofrê?

Pruquê tua boca só fala
das coisa triste da vida
que muita veiz esquecida
dentro do peito se cala?
quando o amô prefume exala
pruquê tu mata a simente
dessa aligria inucente
que no seu sonho se embala?

Pruquê que teu coração
é cumo um baú trancado
e dento dele guardado
só desespero e afrição
Pruquê numfaiz meu irmão
uma limpeza la dentro
varrendo cô pensamento
os ispim da mardição?

Pruquê tu véve agarrado
nas asa desse caixão
que carrega a assumbração
desse difunto, o passado?
Se tu já véve cansado,
interra todo o trumento
na cova do isquicimento
pra nunca mais sê lembrado

Despois disso, vem mais eu...
vem uví pelas estrada
o canto da passarada
que em seu peito imudeceu.
escuita a vóz das cascata,
chêra o prefume das mata,
óia os campo, tudo é teu...

Aprende côs passarim
que só tem vóz pra canta
com o sor que nasce cedim
e vem teu frio esquentá
Oia as estrela...o luá...
mas antes de tú querê
isso tudo arrecebê,
Aprende primeiro a dá.

Na agonia da tarde.


A tarde cai,
O sol desaparece no horizonte
O vento sopra suave
A briza é perfumada,
A tarde agoniza
E eu agonizo na tarde.
Não receio o fim
O fim não me traz dôr
A tarde agoniza
A agonia é o fim.
Fim da esperança
A esperança que agoniza na tarde.
A esperança que agoniza comigo.
O sol se esconde
A brisa sopra suave
E a vida se esvai lentamente
na agonia da tarde
A vida se esconde
Eu saio da tarde
Eu saio do mundo
E a vida sai de mim.

Neide